Durante o VMA, Beyoncé aproveitou
para anunciar ao mundo seu herdeiro e para apresentar uma nova canção, ‘Love On
Top’, que acabaria sendo tão bem sucedida que se tornaria o terceiro single de
seu mal fadado disco ‘4’.
Deixando de lado as programações
de sintetizador costumeiras de seus discos, Beyoncé investe em um arranjo que
lembra canções do início dos anos 80 nesta faixa, que está cheia de elementos daquela
época: acordes de guitarra sintetizados, estalar de dedos e arranjos de voz que
mais lembram os grupos vocais da época, como o Jackson Five.
Os vocais, aliás, são um ponto
forte da canção. Os backing vocals
floreiam as regiões mais baixas da canção por quase toda sua extensão,
funcionando não para cobrir eventuais falhas da vocalista, como é comum, mas
para de fato enriquecer a gravação. Além disso, livre de suas afetações usuais,
Beyoncé não apenas apresenta uma interpretação mais simples para a canção, como
consegue acompanhar sem dificuldade as homéricas subidas de tom da parte final
da música. O final, aliás, é o único momento
em que a canção desanda, subindo em direção a notas cada vez mais altas, mas
nada que possa comprometer o bom arranjo.
Com conceito interessante e
realização simplória, Love on Top, é uma uptempo doce que prova mais uma vez
que Beyoncé se sai muito melhor quando
investe na simplicidade do que quando tenta fazer feitos incríveis, como domesticar o Major Lazer.
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