domingo, 19 de junho de 2011

Rock Me - Melanie C


As ex-Spice Girls parecem eternamente fadadas ao flop. Se no começo de suas carreiras solo algumas até tenham conseguido alguma projeção, nos últimos anos o mercado tem sido atroz com todas elas, já que nunca conseguirão repetir individualmente o sucesso do grupo.
Melanie C, a única a obter desempenho solo razoavel, lançou há poucos dias o single ‘Rock Me’, que pretende impulsionar seu próximo disco. Pretende, porque se o refrão da canção não é contagiante o bastante para conquistar o ouvinte logo na primeira audição, a música tampouco parece ter a cara dos clubes noturnos. Apesar da levada dance pop, a produção excessivamente simplista para uma gravação desta tipo deixa a faixa sem a profundidade necessária.
Porém, a canção falha mesmo nos vocais. Não, Mel C não desafina em nenhum momento, mas sua voz soa desapropriadamente mal trabalhada e amadora (como toda a faixa) para uma gravação dance.
Embora aposte num formato nada inovador e bastante recorrente no mercado, ‘Rock Me’ é prejudicada acima de tudo pela produção pedestre e amadora de Dave Roth e Andy Chatterley.

domingo, 12 de junho de 2011

Os Gays e a Sensualidade do Mundo Pop

 
Esta semana Shakira lançou o vídeo para o single ‘Rabiosa’, no qual protagoniza cenas no mínimo pouco ortodoxas. Este excesso de sensualidade (e sexualidade) feminina, porém, é apenas um sintoma da máquina pop, que, ironicamente, tem como principal público os gays e as mulheres.
Ora, sendo assim, não seria mais natural que o universo pop fosse ilustrado com mais freqüência por rapazes atraentes e musculosos, em contra-resposta ao que fazem os rappers, que para agradar a massa masculina que os segue abusa dos luxuosos carros tunados e mulheres voluptuosas usando pouquíssima roupa?
Há quem diga que é o machismo tomando conta: corra para onde correr, é a imagem da mulher-objeto que domina, sempre numa tentativa de atender ao homem heterossexual. Porém, uma mente pouco menos desavisada veria que esta característica não só pertence como define o universo pop.
Povoado por ícones femininos, que nos anos 80 pregaram a emancipação sexual, o mundo pop como o conhecemos hoje foi construído em torno das imagens ultra-sexualizadas de Madonna, Grace Jones , que abusavam de roupas sensuais e coreografias sensualíssimas para auto-afirmar a mulher como parte ativa da sociedade. Todo este Girl Power atraiu o público gay, que encontrou no pop um veículo no qual se projetar e reconhecer.
Ora, quantos não são os resultados obtidos ao se digitar no youtube palavras como “Madonna + coreografia”? Faça isso e encontre uma miríade de vídeos nos quais jovens (ou não tão jovens) reproduzem atitudes e movimentos sensuais de ícones pop, encontrando neles uma forma de expressarem a si mesmos.
Um gay de fato não vai se sentir atraído ao ver Shakira deslizando provocantemente em um cano de ferro, mas certamente vai admirar, se identificar e se realizar com o feito.

sábado, 4 de junho de 2011

O Pop em Sua Melhor Forma



Beyoncé é indiscutivelmente o maior nome da cena pop da última década. Em tempos de gaguismos e “performers” que mal conseguem andar e cantar sem a ajuda do auto-tune, ela é parte do seleto grupo de artistas atualmente charteando que consegue segurar um show por mais de 5 minutos sem roupas de carne, mesmo que vem por outra dê uma escorregadela aqui e ali.
Ela vem reafirmar sua posição no vídeo acima, que fala por si só.
É o pop em sua melhor forma.