Depois de surgir como um dos
nomes pop mais interessantes dos últimos anos, Lady Gaga deixou de lado as
produções dançantes descompromissadas que a levaram ao estrelato para apostar nas
minorias como fontes de sucesso. Em Marry The Night, quinto single de seu disco
‘Born This Way’, ela volta a apostar no formato sem, contudo, obter os mesmos
resultados de singles como ‘Poker Face’ ou ‘Bad Romance’.
Na faixa, Lady Gaga entrega uma excelente
performance vocal, apostando em uma nuance mais grave e anasalada de sua voz,
como já fizera anteriormente em singles como Bad Romance. Além disso, é
inegável que a produção tem um bom apelo para as casas noturnas, o que
certamente é uma preocupação da cantora.
Um eurodance com repleto de guitarras
sintetizadas que lembra produções dos anos 80, ‘Marry The Night’ começa bem principalmente
graças à simpática sonoridade oitentista e à escolha dos sintetizadores usados mas,
desanda pouco antes de alcançar dois minutos e se transforma num deja vù
barulhento e desagradável, prejudicada pelas curvas e quebras de ritmo que
atrapalham seu andamento e uma ponte pra lá de dispensável.
A capacidade comercial da canção,
assim como a da fraca ‘Judas’, é discutível, mas quanto a uma coisa, não há
discussão: a relevância da Lady Gaga, assim como sua capacidade de produzir
hits, certamente diminui a cada novo visual exuberante ou single mal escolhido, como é o caso de 'Marry The Night'.
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