Muito falou-se de como o ano de
2011 seria interessante para o cenário pop. Afinal de contas, grandes nomes
travariam um grande embate: Lady Gaga, Britney Spears e Beyoncé brigariam pelo
topo das paradas com seus novos discos. A divulgação esta semana dos End of year
charts da Billboard revelam, porém, o que os mais atentos já haviam se dado
conta: enquanto fãs xiitas dividiam-se entre uma inútil briga entre Gaga e
Britney, a grande estrela do ano foi, indubitavelmente, Adele.
Sem um corpo atraente ou som
turbinado por produtores da moda como as concorrentes, Adele dominou
completamente os charts globais ao longo do ano. Seu disco ‘21’ chega ao fim do
ano com mais de 13 milhões de cópias vendidas sem jamais sair do top 4 dos
discos mais vendidos. De quebra, ela ainda encerra o ano com seis indicações ao
Grammy contra 3 de Gaga e, bom, nenhuma de Britney Spears.
O segredo para o sucesso de Adele
não é tão difÃcil. Enquanto Britney, Gaga e Beyoncé apostavam – pela enésima
vez – no toque de Midas de produtores como Bloodshy e RedOne, Adele apostou em
melodias de fato contagiantes e que, por
isso, eram comerciais em sua própria essência, e não tornadas comerciais pelo
oportunismo do dubstep ou qualquer outra tendência do eletropop.
Outro fator decisivo – e talvez o
mais importante – para a dominação de Adele é o público. Restringidas pelo
formato a um segmento especÃfico de público, Beyoncé e suas companheiras têm o
alcance de seu material limitado, enquanto Adele, desprovida das marcações que
configuram uma diva pop, consegue alcançar o grande público de forma mais
abrangente exatamente pelo caráter universal de seu som e de sua imagem, e não
há nada mais pop do que isso.
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