quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Adele E Sua Dominação Global

 

Muito falou-se de como o ano de 2011 seria interessante para o cenário pop. Afinal de contas, grandes nomes travariam um grande embate: Lady Gaga, Britney Spears e Beyoncé brigariam pelo topo das paradas com seus novos discos. A divulgação esta semana dos End of year charts da Billboard revelam, porém, o que os mais atentos já haviam se dado conta: enquanto fãs xiitas dividiam-se entre uma inútil briga entre Gaga e Britney, a grande estrela do ano foi, indubitavelmente, Adele.
Sem um corpo atraente ou som turbinado por produtores da moda como as concorrentes, Adele dominou completamente os charts globais ao longo do ano. Seu disco ‘21’ chega ao fim do ano com mais de 13 milhões de cópias vendidas sem jamais sair do top 4 dos discos mais vendidos. De quebra, ela ainda encerra o ano com seis indicações ao Grammy contra 3 de Gaga e, bom, nenhuma de Britney Spears.
O segredo para o sucesso de Adele não é tão difícil. Enquanto Britney, Gaga e Beyoncé apostavam – pela enésima vez – no toque de Midas de produtores como Bloodshy e RedOne, Adele apostou em melodias  de fato contagiantes e que, por isso, eram comerciais em sua própria essência, e não tornadas comerciais pelo oportunismo do dubstep ou qualquer outra tendência do eletropop.
Outro fator decisivo – e talvez o mais importante – para a dominação de Adele é o público. Restringidas pelo formato a um segmento específico de público, Beyoncé e suas companheiras têm o alcance de seu material limitado, enquanto Adele, desprovida das marcações que configuram uma diva pop, consegue alcançar o grande público de forma mais abrangente exatamente pelo caráter universal de seu som e de sua imagem, e não há nada mais pop do que isso.

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