Beyoncé anunciou seu retorno às paradas com o lead single ‘Run The World (Girls)’. Apostando numa sonoridade mais étnica, a cantora busca com o novo trabalho, acima de tudo, escapar do eletropop batido que domina a cena pop e esta característica é tanto o ponto positivo quanto negativo da canção: a faixa não parece com qualquer coisa que você já tenha ouvido tocando forte nas rádios e por isso mesmo dá para se perguntar se esta foi uma boa escolha para primeiro single.
Trabalhando com temática feminista (como já é de costume no trabalho de Beyoncé) a faixa parece muito segmentada, fazendo curvas sonoras demias para um som que deve, acima de tudo, se fixar na cabeça do ouvinte e nem mesmo o refrão cheio de acompanhamento vocal, como nos tempos do Destiny Child, parece grudento o bastante para dar à faixa o caráter viciante de singles como 'Irrepaceable', 'Crazy In Love' ou 'Single Ladies'.
Embora apresente um pouco de visão (ou preocupação), 'Run The World' não representa, de fato, um avanço para a carreira de Beyoncé (assim como seus últimos discos não o faziam) e se em seu último trabalho de estúdio ela surgia mais aberta e eclética, agora suas influências urbanas surgem mais fortes, e embora seja cedo para falar de desempenho (os singles de Beyoncé sempre chegam de mansinho), é inevitável pensar no desempenho global da canção e, possivelmente, do próximo disco.
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