Em 2010, Adele foi responsável por uma das maiores comoções musicais dos anos 2000 com o disco 21, vendendo mais de 20 milhões de cópias em menos de dois anos e arrastando pelo caminho diversos Grammys e a aclamação da crítica especializada. Naturalmente, as expectativas para um novo trabalho da cantora seriam altas não apenas no que tange a seu aspecto comercial, mas também pela qualidade que se tornou característica em seus trabalhos anteriores.
Pois que em ‘Skyfall’, faixa da cantora para o novo filme do agente James Bond, Adele é traída pela expectativas criadas por ela própria. Não, na se assuste: Dizer que a música é ruim seria um exagero completo.
A produção, a cargo da própria Adele e de Paul Epworth, trabalha para dar à faixa um ar de grandiosidade e é enriquecida com a presença de uma orquestra, enquanto Adele assume uma tonalidade de voz altiva e sensual em sua voz à altura do instrumental. O refrão melódico, por sua vez, e o trabalho de acompanhamento vocal contribuem ainda para transformar ‘Skyfall’ não apenas em um hit instantâneo, mas em uma faixa que vislumbra a atemporalidade pelo conjunto da obra.
Se por um lado isso é mais do que satisfatório e também muito mais do que se pode esperar da maioria dos singles que chegam ao mercado todas as semanas, a insistência dos produtores em transformar a canção em algo épico é sintomático da falta de confiança dos mesmos em sua melodia. E de fato, apesar de seus méritos – que são muitos – falta à Skyfall aquela característica intrínseca da própria melodia que eu mencionara neste outro post e que tornava sua música boa por mérito próprio e não graças a um trabalho de produção excessivamente racionalizado. Trocando em miúdos, despindo-se toda a produção refinada, sobra uma faixa que nada tem de excepcional e, não fosse um single de Adele, dificilmente ganharia grande destaque sob outro formato qualquer.
Mas não me leve a mal. ‘Skyfall’ é uma prova de que Adele ainda pode fazer músicas épicas. Só lhe falta a espontaneidade de outros trabalhos da cantora.
Pois que em ‘Skyfall’, faixa da cantora para o novo filme do agente James Bond, Adele é traída pela expectativas criadas por ela própria. Não, na se assuste: Dizer que a música é ruim seria um exagero completo.
A produção, a cargo da própria Adele e de Paul Epworth, trabalha para dar à faixa um ar de grandiosidade e é enriquecida com a presença de uma orquestra, enquanto Adele assume uma tonalidade de voz altiva e sensual em sua voz à altura do instrumental. O refrão melódico, por sua vez, e o trabalho de acompanhamento vocal contribuem ainda para transformar ‘Skyfall’ não apenas em um hit instantâneo, mas em uma faixa que vislumbra a atemporalidade pelo conjunto da obra.
Se por um lado isso é mais do que satisfatório e também muito mais do que se pode esperar da maioria dos singles que chegam ao mercado todas as semanas, a insistência dos produtores em transformar a canção em algo épico é sintomático da falta de confiança dos mesmos em sua melodia. E de fato, apesar de seus méritos – que são muitos – falta à Skyfall aquela característica intrínseca da própria melodia que eu mencionara neste outro post e que tornava sua música boa por mérito próprio e não graças a um trabalho de produção excessivamente racionalizado. Trocando em miúdos, despindo-se toda a produção refinada, sobra uma faixa que nada tem de excepcional e, não fosse um single de Adele, dificilmente ganharia grande destaque sob outro formato qualquer.
Mas não me leve a mal. ‘Skyfall’ é uma prova de que Adele ainda pode fazer músicas épicas. Só lhe falta a espontaneidade de outros trabalhos da cantora.
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