Ao longo dos anos, Pink tem se esforçado para construir uma imagem de rebelde junto ao público. Para isso, apoiada pela sonoridade pop/rock de alguns de seus singles, ela utiliza o contraste com as figuras altamente sexualizadas e fúteis de outras cantoras pop – das quais ela insiste em se diferenciar - para se reafirmar e estabelecer. Porém, em ‘Blow Me (One Last Kiss)’, que introduz seu novo álbum, vemos a cantora incorporando ao seu trabalho elementos do eletropop, um expediente utilizado por praticamente todo mundo na cena pop.
Com um arranjo que se apóia mais em baterias elétricas do que o recomendável, ‘Blow Me’ acaba soando demais com outras produções recentes que bebem da sonoridade do eletropop para criar um pseudo pop/rock turbinado com sintetizadores– e não mencionar aqui uma semelhança com ‘Stronger’, de Kelly Clarkson, seria no mínimo leviano.
Mas apesar do grande risco de soar genérica, ‘Blow Me’ sobrevive pela boa melodia e por um refrão, que embora não soe tão vigoroso quanto aqueles de ‘So What’ ou ‘Raise Your Glass’, é redondo e forte o bastante.
A letra, por sua vez, aborda o tema da revanche amorosa sob o tom tipicamente ácido e enraivecido de Pink, e é uma pena que durante boa parte da canção a voz que canta estes versos pareça diluída em recursos como vocais dobrados ou backing vocals pronunciados que, embora dêem mais força e apelo à faixa, se tornam cansativos pelo uso em excesso.
Acertando em atrair um público com gosto mais eletro sem, com isso, desagradar os fãs que a cantora já tem, além de um claro potencial nas pistas de dança, ‘Blow Me’ é só um indicativo de que Pink está sujeita às tendências do mercado como qualquer cantora pop. E é interessante ver que ela consegue assimilar uma tendência tão farofeira quanto o eletropop sem perder sua identidade.
Com um arranjo que se apóia mais em baterias elétricas do que o recomendável, ‘Blow Me’ acaba soando demais com outras produções recentes que bebem da sonoridade do eletropop para criar um pseudo pop/rock turbinado com sintetizadores– e não mencionar aqui uma semelhança com ‘Stronger’, de Kelly Clarkson, seria no mínimo leviano.
Mas apesar do grande risco de soar genérica, ‘Blow Me’ sobrevive pela boa melodia e por um refrão, que embora não soe tão vigoroso quanto aqueles de ‘So What’ ou ‘Raise Your Glass’, é redondo e forte o bastante.
A letra, por sua vez, aborda o tema da revanche amorosa sob o tom tipicamente ácido e enraivecido de Pink, e é uma pena que durante boa parte da canção a voz que canta estes versos pareça diluída em recursos como vocais dobrados ou backing vocals pronunciados que, embora dêem mais força e apelo à faixa, se tornam cansativos pelo uso em excesso.
Acertando em atrair um público com gosto mais eletro sem, com isso, desagradar os fãs que a cantora já tem, além de um claro potencial nas pistas de dança, ‘Blow Me’ é só um indicativo de que Pink está sujeita às tendências do mercado como qualquer cantora pop. E é interessante ver que ela consegue assimilar uma tendência tão farofeira quanto o eletropop sem perder sua identidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário