Lana Del Reyu surgiu no ano passado como um improvável
sucesso indie. Depois de mais de 2 milhões de cópias vendidas com álbum de
estréia, 'Born To Die', ela agora retorna com o EP 'Paradise', puxado pela faixa ‘Ride’.
Na faixa, Lana mais uma vez assume sua persona artística
característica ao abordar assuntos típicos de uma alma atormentada e de uma
vida regada a muito álcool e drogas. Numa letra com tom evocativo e
melancólico, Lana mostra um de seus melhores trabalhos como compositora até o
momento, ao criar lindos versos como ‘I'm
tired of driving 'till I see stars in my eyes’.
Porém, todos os méritos da letra de ‘Ride’ seriam jogados no
lixo se não fosse a forte interpretação de Lana para a canção. Investindo ora
em uma textura de voz granulada que já é característica de seu trabalho, ora em
agudos ásperos, Lana entrega uma performance que apesar de imperfeita, prima
pela emotividade exatamente por saber jogar com a fragilidade vocal de sua
intérprete. E se os excessos da afinação eletrônica eram claros e
constrangedores em ‘Born to Die’, desta vez é possível perceber o quanto Lana
evoluiu desde seu último trabalho.
E se a temática de
‘Ride’ é uma recorrente no trabalho de Lana, o mesmo não pode ser dito sobre a
sonoridade da faixa. ‘Ride’ mostra uma artista em busca de uma sonoridade mais abrangente
mas que nem por isso está disposta a se descaracterizar. A produção, assinada
pelo lendário Ruck Rubin, é livre de excessos e construída sobre uma base de
piano (talvez numa alusão à balada ‘Video Games’, que trouxe a cantora aos
holofotes), o que não impede que o refrão, enriquecido com as cordas que
permeam toda a faixa, seja forte e tocante o suficiente para cruzar a linha
entre o indie e o c
Se os próximos singles de Lana seguirão a mesma linha de ‘Ride’,
evitando a redundÂncia sonora característica de ‘Born To Die’, não se sabe,. O
que podemos dizer com certeza, porém, é que com este single Lana dá um
significativo passo rumo a ser uma grande artista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário