domingo, 20 de março de 2011

This time for Brasil!


Na noite deste sábado, fiz uma pequena loucura e voei até são Paulo apenas para assistir a um show de Shakria com sua Sale El Sol Tour. Ao contrário da maioria das outras cantoras pop, Shakira não conta com muito mais do que seu corpo, sua banda e um amplo telão de LED para entreter seu público e talvez aí resida um dos maiores trunfos de seu espetáculo: A simplicidade. Ela apresenta um espetáculo que foge das convenções dos shows pop: Descalça durante quase todo o tempo, apresenta suas canções ao vivo (à exceção de ‘She Wolf’, que ganha vocais gravados no refrão) sem o auxílio de dançarinas, coreografias ultra ensaiadas ou trocas de figurino mirabolantes.
Com vocais impressionantemente similares aos que entrega em seus trabalhos de estúdio, Shakira apresentou um setlist claramente focado em seus sucessos. Se preocupando pela primeira vez em sua carreira em reformatar antigos sucessos, ela apresentou versões interessantes para ‘Whenever Wherever’, ‘Ojos Así’ e até mesmo para as novas ‘Despedida’ e ‘Gypsy’, que, juntas formam o segmento cigano, o momento mais belo do show. Porém, Shakira sabe ser uma crowd pleaser como ninguém e apresenta intactas as catárticas ‘Hips Don’t Lie’ e ‘Waka Waka’, que fecham o espetáculo de forma avalassaladora.
Carregando o show nas costas, Shakira faz com que o foco do espetáculo esteja em sua carismática e sensual persona artística, evitando a despersonalização mecânica tão comum em shows ultra teatralizados como os de Madonna ou Britney Spears e, desta forma, entrega um show essencialmente simples mas que cumpre bem sua missão: entreter o público.

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