Há 22 anos Madonna lançava um de seus melhores discos e, para comemorar, trago aqui um dos meus melhores amigos, o Bruno Camargo (leitor fiel do Meu Boombox), para escrever o primeiro texto à quatro mãos deste blog:
No final da década de 80, Madonna curtia um dos ápices de sua carreira. Com 15 dos seus 21 singles lançados até então no top 10, a recém-coroada rainha do pop poderia ter seguido sua trajetória no dance pop, mas preferiu se adentrar pelos caminhos do pop rock para criar um de seus mais memoráveis trabalhos de estúdio. Considerado por fãs e críticos sua obra prima, Like a Prayer tinha um lado mais obscuro, pessoal, que se aventurava por outros ritmos além do como o gospel, em contraste com a pegada dance pop de fácil aceitação dos discos anteriores.
Lançado em 21 de março de 89, LAP é uma obra essencialmente conceitual. A temática do disco gira em torno da formação católica de Madonna e, regugitando sua desilusões, ela co-escreveu e co-produziu todas as faixas do disco.
Na faixa título, que une coral gospel a um refrão cheio de guitarras e baterias de verdade, Madonna traça um paralelo entre o êxtase sexual e o religioso. Ela também volta a tratar de religião de forma incisiva em ‘Spanish Eyes’ e na obscura ‘Act of Contriction’, construída a partir do instrumental de ‘Like a Prayer’ tocado ao contrário com Madonna rezando ao fundo. Seria um pedido de perdão pelos erros passados, ou apenas uma ironia com o que estava por vir nos anos futuros de sua carreira, preenchidos por escândalos sexuais?
Fugindo do tema católico, surge o hino feminista ‘Express Yourself’, na qual Madonna convida as mulheres a dominarem a relação e não ficarem em segundo lugar, provavelmente uma das faixas mais fortes de toda sua carreira. Um primeiro single óbvio por sua sonoridade radiofônica, a faixa foi relegada à segundo single em favor do conceito do disco, que foi apresentado ao mundo pela faixa-título e seu polêmico vídeo.
Se Madonna eleva, com Like a Prayer, o nível de sua música, o mesmo não se pode dizer de sua voz, que parece não estar preparada para a complexidade das novas gravações, e embora anteriormente ela tivesse feito evoluções significativas em trabalhos como ‘Open Your Heart’, suas limitações ficam particularmente claras na ótima ‘Oh Father’ e ‘Spanish Eyes’
O disco também conta com faixas que tratam as dores e os prazeres das relações familiares com a tocante e sincera ‘Oh Father’, ‘Promise To Try’, ‘Keep It Together’ e ‘Till Death Do Us Part’, que trata do fim de seu conturbado casamento com, Sean Penn.
Entre as faixas mais fracas do disco estão ‘Dear Jessie’, excessivamente infantilizada; ‘Love Song’, um improvável dueto com Prince que não parece chegar a lugar algum, e ‘Cherish’, que parece mais remeter ao trabalho anterior de Madonna tanto pela sonoridade quanto pela temática exageradamente simplista para o disco como um todo. Estas três produções não apenas deixam a desejar no quesito técnico, mas também destoam da temática do disco como um todo.
‘Like a Prayer’ se tornou um sucesso comercial para Madonna: foram quatro singles no top 10 e 15 milhões de cópias vendidas, mas sua contribuição mais importante foi provar que Madonna era capaz de fazer pop adulto de qualidade sem se descaracterizar. Era o início da revolução do pop, por aquela que ficaria conhecida como a Rainha do Pop.
Na faixa título, que une coral gospel a um refrão cheio de guitarras e baterias de verdade, Madonna traça um paralelo entre o êxtase sexual e o religioso. Ela também volta a tratar de religião de forma incisiva em ‘Spanish Eyes’ e na obscura ‘Act of Contriction’, construída a partir do instrumental de ‘Like a Prayer’ tocado ao contrário com Madonna rezando ao fundo. Seria um pedido de perdão pelos erros passados, ou apenas uma ironia com o que estava por vir nos anos futuros de sua carreira, preenchidos por escândalos sexuais?
Fugindo do tema católico, surge o hino feminista ‘Express Yourself’, na qual Madonna convida as mulheres a dominarem a relação e não ficarem em segundo lugar, provavelmente uma das faixas mais fortes de toda sua carreira. Um primeiro single óbvio por sua sonoridade radiofônica, a faixa foi relegada à segundo single em favor do conceito do disco, que foi apresentado ao mundo pela faixa-título e seu polêmico vídeo.
Se Madonna eleva, com Like a Prayer, o nível de sua música, o mesmo não se pode dizer de sua voz, que parece não estar preparada para a complexidade das novas gravações, e embora anteriormente ela tivesse feito evoluções significativas em trabalhos como ‘Open Your Heart’, suas limitações ficam particularmente claras na ótima ‘Oh Father’ e ‘Spanish Eyes’
O disco também conta com faixas que tratam as dores e os prazeres das relações familiares com a tocante e sincera ‘Oh Father’, ‘Promise To Try’, ‘Keep It Together’ e ‘Till Death Do Us Part’, que trata do fim de seu conturbado casamento com, Sean Penn.
Entre as faixas mais fracas do disco estão ‘Dear Jessie’, excessivamente infantilizada; ‘Love Song’, um improvável dueto com Prince que não parece chegar a lugar algum, e ‘Cherish’, que parece mais remeter ao trabalho anterior de Madonna tanto pela sonoridade quanto pela temática exageradamente simplista para o disco como um todo. Estas três produções não apenas deixam a desejar no quesito técnico, mas também destoam da temática do disco como um todo.
‘Like a Prayer’ se tornou um sucesso comercial para Madonna: foram quatro singles no top 10 e 15 milhões de cópias vendidas, mas sua contribuição mais importante foi provar que Madonna era capaz de fazer pop adulto de qualidade sem se descaracterizar. Era o início da revolução do pop, por aquela que ficaria conhecida como a Rainha do Pop.
Ao lado de Ray of Light, é um dos melhores álbuns de música Pop, como um todo!! Gaga vai ter que sambar mto ainda pra chegar nesse patamar...
ResponderExcluir