Este sábado estive pela primeira vez no confortável Citybank Hall para assistir ao show do Roxette, que passa pelo Brasil com a Charm School Tour.
Pontual, a dupla se vale de uma lista extensa de hits espalhados por toda a apresentação, emcionando a platéia(que canta junto em coros vigorosos) com hits como ‘Spending My Time’ e ‘It Must Have Been Love’. Porém, se do ponto de vista emocional o show é sensacional (faz quase 20 anos que o Roxette emplacou seu último hit), o mesmo não pode ser dito no que diz respeito ao aspecto técnico do show.
Faz mais de 20 anos que o Roxette não consegue um hit mundial, e seu último trabalho de estúdio, que dá nome à turnê, mostra que o duo ainda está preso à sonoridade (agora datada) dos anos 90. Esta falta de sincronia também está presente no show: Talvez ciente de que seu carro-chefe são as canções antigas, a dupla apresenta quase todas com arranjos intactos e ultrapassados.
Se por um lado todos os momentos em que Fer assume os vocais principais o show parece subir um nível (o cantor é carismático, animado e toca na grande maioria das músicas), a maioria dos sucessos da dupla tem vocais de Marie, e assistí-la se apresentando é quase como um balde de água fria. Ela raramente consegue atingir as notas altíssimas de antigamente e (talvez por isso mesmo) sua voz parece soterrada atrás da excêntrica banda de apoio. Além disso, a performance de Marie é significativamente afetada pela falta de carisma. Por mais que as seqüelas de um câncer no cérebro a impeçam de realizar movimentos bruscos, Marie mal se incomoda em cobrir todo o palco ou interagir com a platéia com alguma freqüência.
Mesmo com todos os problemas, a Charm School Tour consegue emocionar por propor, acima de tudo, uma viagem ao passado e uma celebração da nostalgia.
Uma pena ver que a voz de Marie não é mais a mesma... de qualquer forma, o ótimo pop do Roxette, apesar de datado, não foi esquecido, e ainda emociona quem ouve!
ResponderExcluirAh, eu acho que a sonoridade paracer datada é uma vanatagem, especialmente se remete aos anos 90. A sonoridade lá era infinitamente melhor q a atual.
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