sábado, 13 de novembro de 2010

Guilty Pleasures pt. 1

Todos nós temos nossos guilty pleasures – aquelas coisas que adoramos mas das quais temos muita vergonha. Pensando neste conceito, resolvi fazer, em duas partes, um post em que falo um pouco de algumas músicas horrendas que eu simplesmente adoro – e inevitavelmente cantarolo sempre que ouço no rádio.
Fiz uma seleção de dez músicas que está organizada de forma cronológica. Vamos às cinco primeiras:

Kiss – Os anos oitenta são sinônimo de exagero: muita cor, muito brilho e – acima de tudo – muito sintetizador. E quem melhor do que Prince para falar de exageros? Somente a figura andrógina do cantor poderia declarar seu amor por uma mulher forçando sua voz à agudos risíveis. Mas, no fim, quem resiste à incrível linha de baixo desse hit?
As Long As You Love Me- Embalada pelas programações de sintetizador secas típicas da sonoridade dos anos 90, vocais desnecessários e o recorrente tema de meninos adolescentes gostosinhos cantando sobre decepção amorosa, As Long As You Love Me é uma baladinha grudenta que foi até trilha de novela. A gravação conta com aqueles arranjos de backing vocas típicos de grupo de pagode e comete a proeza d rimar mistery com history, algo certamente nunca antes feito na industria fonográfica.
Sometimes – Britney Spears é uma das maiores farsas da música pop e isso não é segredo para ninguém. Não é segredo também que ela tem uma pequena coleção de hits pra lá de invejável. Apoiada na imagem de virgem e usando um tom tão improvável quanto aqueles usados por Madonna em começo de carreira, uma Britilda pré-loucura canta sobre virgindade nesta baladinha melosa e terrível. Mas, é claro, nada disso valeria a pena sem o videoclipe ultra cafona com orçamento de vinte reais.
Come back to me - Junte samplers de Avril Lavigne e de uma banda dos anos 70, vocais estridentes e produção excessiva. O resultado só pode ser a ultra trash Baby Come Back, primeiro hit solo de Vanessa Hudgens depois de ser catapultada ao sucesso por High School Music. Separadas, as inúmeras camadas de som da produção são o suficiente para fazer ao menos quatro músicas novas – todas igualmente horríveis, claro.
Wind it up – Depois de um poderoso álbum de estréia, Gwen Stefani desapontou a todos com essa uptempo meia boca. Pesando a mão nos sons sintetizados, ‘Wind It Up’ é provavelmente uma das músicas mais insuportáveis já feitas (junto com 'Sexy Back', do Justin) e, em alguns momentos, lembra até aquele funk do Biruleiby. Alguém lembra?

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