Há quem diga que as músicas, estilos e artistas que você ouve reunidos formam sua identidade musical. Se for assim, pois, acho que estou sem identidade no momento. Nos últimos cinco meses tenho recebido uma miríade de influências musicais que variam de Beatles a Depeche Mode. Tudo isso, claro, misturado ao meu próprio gosto bem pop-chicletão-old-school.
Mas tudo cansa, né? E o pop, com seus recursos exercitados ao esgotamento, também me cansou. Daí vou eu nesta nova busca por uma identidade musical e, no caminho, acabo me perdendo ainda mais. O resultado disso tudo é ainda mais fragmentação no meu last.fm e nos playlists do meu mp3 player. É aquela sequência bombante de rock com Foo Fighters e White Stripes dando espaço para o último single do Massive Attack, que por sua vez é seguido por aquela baladinha super emocionante dos Arctic Monkeys, cuja letra nunca cansa de me encantar. É isso. Uma coisa ever-moving, sem foco, preocupada apenas com a cadência das baterias ( não sintetizadas, por favor)
Tenho medo de ficar nisso e no fim das contas ser uma daquelas pessoas que se dizem “ecléticas” apenas por, no fundo, ouvirem de tudo e não gostarem de nada. Por outro lado, acho que pode ser bom. Na pior das hipóteses, daqui a seis meses vou voltar ao meu gostinho pop tradicional com certeza de que não quero outra coisa e, neste caso, minha identidade musical será mais estudada, mais consciente e terá muito mais referências. E, no fim das contas, isn’t it what life’s all about?
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