sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Gaguismos

Parece bem claro para todos que o objetivo de Lady Gaga vai muito além de ser apenas mais uma estrela pop. As declarações feitas apenas para gerar notícias, os visuais bizarros e o fluxo constante de novo material evidenciam o anseio da cantora de transcender o cenário musical e fixar sua imagem no consciente coletivo.

Preocupada em manter seu nome relevante, ela trabalha há mais de dois anos o disco The Fame – que entre inúmeros relançamentos, já rendeu 10 singles – e constrói paulatinamente uma estética característica . Porém, Gaga parece deixar de lado um aspecto importante em sua empreitada rumo à dominação global: ao mesmo tempo que esta super-exposição fortalece sua imagem como ícone pop mundial, cada vez mais a configura como um daqueles fenômenos musicais que são bastante comuns no mundo pop: conscientes da efemeridade do material que tem em mãos, as gravadoras extraem o máximo de dinheiro possível, causando um esgotamento que encurta ainda mais a “Vida útil” de tais produtos. Este processo é bastante conhecido do grande público: Os Menudos, Spice Girls e, mais recentemente, o RBD não estão aí para provar isso.

Com um novo disco já pronto, Lady Gaga almeja o posto de neo-rainha do pop sem de fato perceber quem é o controlador e quem é o controlado

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